TUBARÃO (1975)

 



TUBARÃO (JAWS) (1975)

Dir. Steven Spielberg 


“Tubarão” é um divisor de águas da indústria cinematográfica norte-americana e um dos responsáveis pela invenção do blockbuster. Spielberg já havia vindo de um filme espetacular que é “Encurralado”. No qual é possível ver toda sua criatividade sendo usada como poucos diretores da época. A utilização de poucos recursos para surtir grandes efeitos. E “Tubarão” é a potencialização dessa ideia e a personificação do mal numa criação humana. Os atos primitivos de perseguição e fuga estão em ambos os filmes, a questão é a sobrevivência. Seja fugindo do caminhão em “Encurralado” ou caçando o animal monstruoso em “Tubarão”. Spielberg deixa a cargo da imaginação dos telespectadores dimensionar o terror, por isso o alvo é sempre encoberto. É o fim da era hippie. O fim dos sonhos dos jovens norte-americanos. O mundo mostrava novamente ser o que sempre pareceu: um campo de guerra. “Tubarão” é a encarnação do perverso, as ações humanas que culminam na criação do mal. A inteligência humana é então acionada para conter o o perigo e impedir a matança. O uso correto da técnica para dar cabo da fera. Esta é a missão do cauteloso chefe de polícia Martin Brody (Roy Schneider) e sua equipe: o obcecado caçador Quint (Robert Shaw) e o pragmático professor (Matt Hooper).  Desfazer a maldade dos homens parece ser o mote de Spielberg, do prefeito Larry (Murray Hamilton) que quer manter as praias abertas mesmo com os indícios de ataque. A questão de “Tubarão” é que não basta ser bom, mas é preciso também combater o mal. O combate exige o engajamento de um coletivo de pessoas, nem sempre moralmente iguais.         


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